05/02/2014 - EXPECTATIVA DE BAIXA
O Produto Industrial (PI) de 2013
foi divulgado ontem, pelo IBGE. Crescimento de modesto 1,2% do PI, não dando
para apagar a queda de – 2,5% de 2012, que puxou para baixo o PIB de 2012 para
1% de incremento. Geralmente, o PIB do primeiro trimestre é divulgado na
primeira semana de março, com tal resultado do PI, a expectativa dos 2,2%
esperados do PIB, provavelmente cravará agora algo por volta de 2%. Uma baixa previsão.
Mais um resultado puxando para baixo a atual gestão econômica. O que a oposição
do PSB, há pouco menos de um ano que apoiava os governos do PT, sintetizando em
seu programa eleitoral que o “Pais está saindo dos trilhos”.
Sequer os incentivos
governamentais, tais como R$58 bilhões emprestados pelo BNDES somente para a
indústria, 30% do total de R$190 bilhões liberados, alta de 22%, em relação a
2012, assim como os incentivos setorializados para a construção civil,
indústria automobilística e linha branca de eletrodomésticos, foram capazes de
melhorar a taxa de crescimento do PI. Nem a moeda real desvalorizada, queda
próxima de 20%, em 2013, os quais estimulariam as exportações de manufaturados,
foram capazes de salvar a indústria brasileira do referido fraco resultado. Em
síntese, os problemas da industrialização brasileira, no século XXI, decorrem
do atraso competitivo, em relação ao grande avanço internacional,
principalmente dos progressos dos asiáticos, em destaque, China e Coréia do
Sul.
É público e notório que a
industrialização nacional padece de (1) melhor qualificação da mão de obra,
para incrementar mais a produtividade; (2) inovação tecnológica, que caminha
lentamente; (3) reforma tributária; (4) atenção com o setor externo, que
pratica barreiras, dumping e práticas não convencionais nas trocas externas. A
problemática, portanto, não se encontra no artificialismo da proteção,
subvenção, incentivos, dentre outros benefícios, concedidos à indústria no
século XX, os quais contribuíram para deixar atrasados ou viciados de
“proteção” certos segmentos produtivos, e sim, em nova política industrial.
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