26/02/2014 - CENSO ESCOLAR
O MEC divulgou ontem o Censo
Escolar de 2013, relativo aos estudantes até 17 anos. Aspectos qualitativos não
foram evidenciados. De uma forma em geral, houve queda no número de matrículas
na educação básica. Em 2012 eram 50,5 milhões; em 2013, 50 milhões. Um quarto
da população brasileira. Segundo o MEC, a queda é decorrente de fatores como a
melhoria do fluxo dos alunos. Isto é, não há retenção da criança, que passa a
ser promovida. No ensino médio, o MEC apresenta um gargalo, visto que para ele
o currículo é extenso, pouco atraente para os estudantes. Daí a aprovação de
cerca de 70% deles. Em 2013 estavam matriculados neste nível de ensino 8,31
milhões, abaixo do registrado em 2012, de 8,37 milhões. Observando ensino
fundamental, os alunos que estudam em tempo integral se elevou de 139%, entre
2010 e 2013. Como escola integral se define sete horas na sala de aula. No Brasil, estavam nesta faixa
3,1 milhões. Ou seja, somente 7% dos alunos do ensino fundamental estão nela. É
muito pouco, não somente para melhorar a base dos estudantes, prepará-los para
obter maior produtividade, bem como para evitar o trabalho infantil.
Já o número de crianças entre
zero e três anos, matriculadas em creche, passou de 3,54 milhões para 2,73
milhões. Um aumento de 7,45% de 2012 para 2013. O crescimento é menor do que o
de 2011 para 2012, quando o incremento foi de 10,5%. Relembre-se aqui que a
promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff foi de entregar 6.000
creches. Mas, somente foram entregues 1.400, por volta de 23%.
Os aspectos do nível superior não
foram apresentados. No decorrer do ano serão demonstradas as notas de
aproveitamento de todos os níveis. No ano passado, a nota do IDEB para o ensino
fundamental foi de 5,0; para o ensino médio, 3,7. Portanto, a média do ensino
básico foi de 4,35. Para o ensino superior, o ENADE mostrou média de 4,3. No
conjunto, a média ainda é ruim, menor do que 5, na escala de zero a dez. Logo,
ainda não há aprovação. Outro fator incomodativo é o do número médio de anos de
estudo da população economicamente ativa brasileira, de 7,2 anos de estudo.
Assim, os dados acima combinado mostram que é longo o caminho ainda para que o
Brasil tenha a produtividade dos países avançados, conforme é aspiração
nacional.
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