14/02/2014 - JUROS PAGOS NO BRASIL




Por que os juros pagos no Brasil são tão discrepantes? Em média, o cidadão pagou no ano passado 93% de juros anuais. O governo encerrou o ano pagando 10% pela taxa básica de juros, a SELIC, que é a taxa de juros mais referenciada na economia brasileira. Ademais, não há justificativa para tamanho disparate também entre os juros e a inflação, que fechou 2013 em 5,9%. Há 16 meses que a taxa SELIC não para de subir e a taxa para o cidadão a acompanha. A tendência de ambas é de alta, visto que a SELIC induz a alta da taxa ao público. A explicação é bem simples, os juros praticados pelos bancos estão livres. Eles cobram o quanto querem. Em consequência, astronômicos têm sido os lucros bancários. Isto há mais de uma década.

O discurso do PT era o contrário, de controlar a gula bancária. Porém, no poder, tem feito o inverso, ao ponto da economia brasileira ser conhecida mundialmente como o local onde “os ricos ficam mais ricos e os pobres menos pobres”, conforme concluiu desde 2008 o jornal britânico The Guardian. Os ricos recebem benesses do governo, nem todos, deixando com isto uma parcela grande de descontentes. Ou seja, há segmentos privilegiados como os bancos. Já os pobres tem melhorado em razão da existência dos programas sociais, a exemplo do Programa Bolsa Família.

Os efeitos perversos dos juros altos ocorrem na redução da taxa de crescimento do PIB, materializada na retração do consumo, no aumento da inadimplência, na redução do investimento, na retração das exportações. Somente crescendo mais do que o PIB os gastos governamentais correntes.

As críticas de empresários se resumem em que a atual gestão não realiza as reformas necessárias, tal como a ansiada e prometida reforma tributária. Por seu turno, a atual gestão os trata com desdém. Daí, resultado econômico medíocre e aperto financeiro.

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