16/02/2014 - CARTÃO DE CRÉDITO




Os cartões caíram no gosto popular e substituem cada vez mais o dinheiro manual. Os cartões são de débito e de crédito. O cartão de débito é de gasto imediato. O cartão de crédito é de despesa a prazo, geralmente sem juros, até 30 dias. Depois deste prazo cobram juros. Ora, como até 30 dias são “de graça” para o portador, depois os juros são estratosféricos. O “de graça” aqui é pelo valor da fatura. Porém, o cartão tem custos de emissão para o seu portador, alegando as financeiras que tem ônus para a sua confecção. Quer dizer, querem ganhar de variadas formas. Mas, os encargos em conjunto são piores do que os de agiota. Assim, a média mensal de juros cobrada no Brasil é de 11,77% ou 280% anuais, conforme cálculos mostrados por Robert Zentgraf, coordenador do MBA de finanças do IBMEC, Rio de Janeiro. Para ele, inclusive, a referida taxa mensal é muito superior à taxa média básica de juros do País, a SELIC anual, de 10,5%. Quer dizer, a taxa anual equivalente da SELIC corresponde a por volta de 8,9% da taxa mensal do cartão de crédito.

Conforme dito aqui anteontem, a gestão brasileira do PT, desde 2003, privilegia justamente a quem prometeu combater. Isto é, bancos e financeiras em geral. Será que tem sentido deixar os cartões de credito cobrar taxas mensais extorsivas, maiores do que os agiotas cobram?

O pior de tudo isto é que pelo menos 60% da população, pessoas que acabam seu dinheiro mensal (salário ou outro rendimento) antes do fim do mês se vêm compelidos a parcelar suas despesas oferecidas no boleto do referido cartão. Isto é, pagar 10% da fatura e financiar 90% em 12 meses a taxas de juros cruéis.

É bom lembrar que o cartão de crédito foi feito para desafogar o gasto mensal do seu usuário. Não é nenhuma vantagem parcelá-lo, a não ser para o seu emissor.

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