07/02/2014 - NOTA DA MOODY’S




A agência internacional de risco Moody’s, junto com a agência Standard & Poor’s e a agência Fitch, fazem o trio que estão a avaliar governos e grandes empresas, há muitas décadas, mediante recomendação ou não, de grandes capitalistas internacionais fazerem investimentos. É o que significa a concessão do grau de investimento, conseguido pelo Brasil a partir de maio de 2008. Antes, o Brasil não tinha referido grau, recebia o rótulo de país subdesenvolvido. Com o citado grau o País passou a ser chamado de emergente. Entretanto, depois de mais de três anos dos indicadores brasileiros terem piorado na gestão da presidente Dilma, aquelas agências americanas têm ameaçado rebaixar a nota do Brasil. Agora mesmo, o México obteve da Moody’s uma elevação do seu grau de “Baa1” para “A3”. O México já estava na frente do Brasil, que possui o grau “Baa2”. Portanto, o México está a dois graus acima do Brasil.

Poderia parecer “injusto” isto, na medida em que a prévia do crescimento do PIB mexicano de 2013 é de 1,2%, enquanto a do Brasil é de 2,2%. Por que a citada agência fez isto? Ela se reportou ao fato de que o México realizou reformas estruturais no ano passado, assim como o Brasil teria deixado de realizá-las, embora prometidas, há mais de uma década. Em resumo, a citada agência coloca claramente que o Brasil não fez a reforma tributária desde 1967, assim como não realizou corte em seus gastos. Dessa forma, concluem que o Brasil vem perdendo credibilidade, por não se empenhar em fazer as prometidas reformas, bem como, pelo contrário, tem crescido seus gastos a taxas superiores a do incremento do PIB.

Para a equipe econômica registrar, a Moody’s citou quatro fatores que já influenciam o futuro mexicano: 1) aprovação de uma agenda de reformas abrangentes, refletindo em vontade política de resolver problemas estruturais; 2) o seu crescimento potencial está em ascensão; 3) projeções fiscais reforçadas por maiores cortes de gastos governamentais; 4) perfil de crédito global semelhante ao de outros países de nota “A”. Nos Estados Unidos, sair de “B”, bom, para “A”, é sair para ótimo lugar. Na América Latina, o México é o segundo país a obter nota “A”. O primeiro foi o Chile. Como resultado concreto da comparação México com Brasil, vê-se na taxa de juros dos empréstimos internacionais cobradas ao México, de 3,5%, enquanto a do Brasil pode ir a 11% ao ano. Em termos financeiros, com desdobramentos nos fundamentos econômicos, claramente, o México potencialmente pode alavancar mais a sua economia do que o Brasil.

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