19/02/-2014 - INVERSÃO DOS IMPULSOS
O papel do Estado é o de
regulador na economia. Porém, como interventor ele possui suas estatais e é
responsável pela realização de investimentos em infraestrutura. Na incapacidade
de realizá-los, no mundo inteiro, são propostas parcerias público-privadas.
Estas caminham lentamente no País, mesmo com lei já regulamentada desde 2004. No
Brasil, as entidades executivas são a União, 27 Unidades Federativas e 5.565
Municípios. É sabido que a União estabilizou sua taxa de investimento. Porém,
no global, os investimentos infraestruturais estão caindo, porque os gastos
públicos em Estados e Municípios estão crescendo aceleradamente. A epidemia de
inchação da máquina pública é geral.
Um estudo exclusivo da RC
Consultores, citado pela revista Exame datada de hoje, demonstra que os gastos
dos Estados com despesas correntes, valendo dizer, pessoal, custeio, juros,
dívida e transferências aos Municípios saíram de uma média de 85% da receita
para 95%, de 2005 para 2013. Sobraram somente 5% para infraestrutura, o que é
muito pouco, perante uma enormidade de gastos infraestruturais requeridos. O
endividamento dos Estados sobe ano a ano, a dívida deles em 2005 era de R$323
bilhões, passando para R$494 bilhões em 2013. O superávit primário dos Estados
chegou a 1,5% do PIB, em 2005, passando a 0,2% em 2013.
Acresça-se ao isto que o governo
realizou desonerações fiscais no ano passado, traduzidas em receitas reduzidas
mais para Estados e Municípios.
Enfim, crescem mais os gastos
governamentais do que a taxa de crescimento do PIB secularmente. O investimento
encolhe associado à falta de confiança do empresariado. Assim, a economia
brasileira continua crescendo em ritmo de tartaruga, quando precisa ser rápido
para atingir o grau de país desenvolvido.
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