TENDÊNCIA DE CONCENTRAR MAIS A RENDA
A despeito de falar que quer desconcentrar a renda no Brasil,
a firma Tendências Consultoria, que tem em seus quadros o ex-ministro da
Fazenda, Maílson da Nóbrega, no final dos anos de 1990, mais Gustavo Loyola, que
foi duas vezes presidente do Banco Central, baseada em São Paulo, divulgou para
a grande imprensa, cujo texto é destaque na Folha de São Paulo, a política
econômica do atual governo poderá fazer com que as classes A e B tendam a
ganhar mais do que as classes D e E. A classe que menos poderá ganhar será a
classe C. As projeções foram feitas para o atual mandato presidencial, de 2023
a 2026.
O conceito de classes de renda é definido pela empresa Tendências,
em termos de renda média. As classes A e B são aquelas com rendimentos mensais
superiores a R$7.600,00. As classes D e E são aquelas com rendimentos mensais
até R$3.200,00. A classe C é aquela com rendimento médio mensal entre
R$3.200,00 a R$7.700.00.
Em 2023, o governo Lula tem reforçado os programas sociais
para as classes D e E, tais como o aumento dos valores do Programa Bolsa
Família, do Auxilio Gás, a redução da fila no INSS e o retorno do Programa
minha Casa Minha Vida. Está realizando isso com recursos da PEC da Transição,
no valor de R$145 bilhões, fora do teto dos gastos. Ou seja, depois do governo
Dilma, em 2014, retornar ao déficit primário, que ficou até 2021, na forma
seguida, havendo superávit primário em 2022, mas o déficit primário retornará
em 2023 e, poderá permanecer, para os próximos anos de governo. A estimativa da
consultoria é de que haja aumento de 6,4% na renda média das classes em
referência, neste ano, que irá se diluindo nos próximos anos, enquanto a
recuperação econômica prevista irá beneficie as classes A e B, que ficará com
6% de renda media maior, neste ano, bem como poderá ter benefícios maiores pelo
crescimento econômico. A classe C poderá recuperar cerca de 2%, segundo Tendências.
A referida consultoria não deixou explicita que a reforma
tributária, que se iniciará, timidamente, mas logo irá beneficiar principalmente
os ricos.
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