DEZ MILHÕES DE BRASILEIROS COM FOME


Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), em seu relatório intitulado Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo, estavam passando fome no Brasil no ano passado 10,1 milhões de pessoas. O número é inferior ao registrado pelo segundo inquérito nacional sobre insegurança alimentar, no contexto da pandemia do covid-19, feito pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan), sendo o número de 2022 inferior ao de 2021. A enquete ainda revelou que, no ano passado, 33,1 milhões de brasileiros não tinham o que comer. Conseguiram alimentação de alguma forma e passavam um pouco de fome.

A ONU estabeleceu um espaço, entre 690 milhões e 783 milhões, entre 8,7% e 9,8%, da população mundial, de pessoas que passaram fome em 2022. Apesar da fome ter estagnado nos últimos dois anos no globo terrestre, ela ainda atinge 122 milhões de pessoas a mais do que antes da pandemia em referência.

Conforme o relatório citado, a elevação dos preços dos alimentos e da energia, intensificado pela guerra entre Rússia e Ucrânia, dificultou um progresso significativo na luta contra a fome no mundo.

Quando reportada a ONU, aos anos de 2004 e 2006, o total dos brasileiros que passavam fome diminuiu, em relação a 2022. Na época eram 12,1 milhões, ou, por volta de 6,5% da população.

Entretanto, a insegurança alimentar no Brasil vem crescendo, atingindo 70,3 milhões de brasileiros ou, cerca de 32,8% da população, entre 2020 e 2022. Já, entre 2014 e 2016, eram 37,6 milhões de brasileiros. A insegurança alimentar severa mais do que quintuplicou no período em tela, passando de 4 milhões para 2,1 milhões. Ou seja, de 1,9% para 21,1%.

No planeta, a prevalência da insegurança alimentar atingiu 29,6% da população, equivalentes a 2,4 bilhões de pessoas. A insegurança alimentar severa estava em 900 milhões. A ONU ainda projetou que 600 milhões de pessoas poderão passar fome em 2030. Poderão ser 119 milhões a mais do que haveria se não tivesse ocorrido a pandemia de covid 19, nem a guerra entre Rússia e Ucrânia.

 


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