LICÃO COM AS LOJAS AMERICANAS
A lição que se faz em casa é com as Lojas Americanas, uma
rede de empesas pelo Brasil afora com centenas de lojas, vendendo de quase tudo
de consumo leve e ligeiro. Vale dizer, miudezas, perfumarias, alimentos
processados, quase tudo que se pode pensar no ramo leve ligeiro. Já deixaram
assim, o ramo, lojas com grife de Mesbla, Mappin, Sloper, dentre outras. Lição
essa de que o capital se faz em casa, mas tem parceiros. Não se pode romper
somente de um lado.
As Lojas Americanas tem como donos os maiores capitalistas do
País, em seu trio. Jorge Paulo Lehman, Sicupira e Teles. Mesmo assim
ingressaram em recuperação judicial. Recuperação judicial é o nome atual de
concordata, qual seja negociar com os credores, fornecedores e bancos, taxas de
juros e prazos de pagamentos.
Dessa forma, as lojas Americanas já fecharam 38 grandes
lojas, depois do pedido de recuperação, desde junho do ano passado até maio
deste ano. Surpresa, visto ser a potencia dos seus proprietários.
Trata-se da maior varejista do País, apresentando uma dívida
de R$20 bilhões, por inconsistência contábil. Mas, deve dever muito mais por
fraudes apuradas pelo Fisco.
As Lojas Americanas eram conhecidas pelo mercado de crédito,
por esticar os prazos de pagamentos dos fornecedores, por período duas ou três
vezes mais do que a média mercadológica. Em junho de 2022, referido prazo era
de 97 dias, tendo alcançado 122 dias em dezembro. Após divulgação do processo
de recuperação judicial, em janeiro, tal prazo se reduziu para 124 dias para 10
dias, em fevereiro. Em maio ficou para 4 dias. Seus fornecedores passaram a
exigir pagamentos mais próximos e a empresa teve de fechar lojas para garantir
pagamentos.
Uma lei econômica, constante do manual de Karl Marx, é de que
o capital é valor que se valoriza. Vale dizer, o capital é hermafrodita e é por
isso que se reproduz tão rapidamente. Não resta dúvida de que os três ricos
irão salvar as Lojas Americanas. Aliás, salvar o próprio bolso.
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