JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO
Os juros sobre o capital próprio das empresas é um recurso contábil,
que existe há décadas, permitindo que as sociedades anônimas paguem mais
dividendos sobre o capital próprio. Eis que o Ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, declarou no dia de ontem, que o governo pretende acabar com referido
alcance contábil, o que poderia elevar a tributação e reduzir os dividendos
distribuídos pelas sociedades anônimas. Referida informação caiu como uma ducha
fria nas negociações da bolsa de valores brasileira, que, depois de atingir um
máximo, próximo de 122 mil pontos, em 25 anos, recuou para 121 mil e poucos
pontos, a maior cotação em dois anos.
Tem muita coisa ainda para ver-se nas muitas fases das quais
poderá reverter-se a reforma tributária, que está sendo fatiada no Congresso
Nacional, depois de ser aprovada a sua primeira fase, que voltará para a Câmara
de Deputados Federal.
Os juros sobre o capital próprio é um ótimo mecanismo das
empresas distribuir dividendos, visto que pode abater do lucro tributável.
O pêndulo da bolsa de valores brasileira recuava bastante
para as empresas financeiras, tais Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander,
dentre outros, mas subia bastante pela elevação dos preços das empresas de commodities.
O dólar comercial voltou a cair abaixo de Rr$4,78, fechando
em R$4,73, a menor cotação desde abril de 2022.
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