SISTEMA FINANCEIRO INTERNACIONAL
Até a segunda guerra mundial, o Sistema Financeiro Internacional
(SFI) convivia com muitas moedas diferentes. A desorganização era global.
Antevendo que os países aliados contra a Alemanha e Itália, ganhariam a segunda
grande guerra, os Estados Unidos da América (EUA) promoveram em 1944, uma
reunião na cidade de Bretton Woods, com a presença de 40 comitivas de países,
quando o Brasil esteve presente, apresentando Roberto de Oliveira Campos (o avô
do atual presidente do Banco Central) e Octávio Gouveia de Bulhões como
representantes da nação brasileira. Depois das discussões ficaram duas
propostas. A do Reino Unido, defendida pelo famoso economista John Maynard
Keynes e a proposta dos EUA, que defendia o padrão ouro e a criação do Fundo
Monetário Internacional (FMI). Isto é, as moedas poderiam ser convertidas em
ouro se assim fosse exigido. A proposta americana foi a aprovada. O FMI se
tornou o hospital para aqueles países tivessem ataques especulativos em suas
moedas. Com o decorrer do tempo, os EUA já tinham emitido muito dólar e a
França exigiu do governo de Ricardo Nixon a conversão do dólar em ouro, que já
representava cerca de 80% das negociações. Nixon, na época, em 1971, então,
tornou o dólar inconversível. Para que o SFI e o FMI continuassem, organizadamente,
na prática, o dólar se tornou a moeda padrão.
Insatisfeitos com isso, a Europa articulou a criação de outra
grande moeda de seu bloco econômico, o Euro. A história do Euro começou em
1957, com a assinatura do Tratado de Roma e a criação da Comunidade Econômica
Europeia. O tratado estabeleceu a criação do Mercado Comum Europeu. A
finalidade foi assegurar o progresso e uma vida mais integrada entre os países
europeus. O Reino Unido ficou de fora e tem a sua própria moeda, a libra
esterlina.
Em 1992, foi assinado o Tratado da União Europeia, firmado em
Maastrich, lançando as bases da moeda única europeia, o chamado Euro.
A guerra entre Rússia e Ucrânia, desde fevereiro de 2022, tem
levado a que o grupo dos países emergentes chamado de BRICS, Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul, fizesse articulação para criar também a sua
própria moeda comum. A proposta está em estudos.
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