FÁBRICAS DA FORD SAIRAM DO BRASIL

O conglomerado de empresas, que compõe o complexo Ford, estava instalado no Brasil desde o final do século XIX, quando a borracha natural, advinda da seringueira era a matéria prima fundamental para a fabricação de pneus. O ímpeto da Ford era tamanho que ela chegou a implantar um município na Amazônia, denominado de Fordlândia. O ímpeto não vingou por principalmente dois grandes motivos: surgiu a borracha artificial e as condições inóspitas da região amazônica.

Muito mais de cem anos no Brasil, em 2021, o complexo Ford, instalado em São Paulo, na Bahia e no Ceará, com muitas empresas ramificadas em muitos Estados, resolveu sair do Brasil e se instalar na Argentina.

O motivo alegado pela Ford é de que os carros aqui produzidos tinham baixo valor agregado. Quer dizer a maioria dos carros atingiram as pessoa com menores rendas em relação às maiores rendas. Ou seja, os componentes são mais simples e baratos e não propiciam maiores lucros. Economicamente, são bens que na faixa da curva de elasticidade são menos elásticos ainda que elásticos.

No Brasil milhares de empregos foram perdidos, ficando mais aqueles da comercialização dos seus veículos aqui vendidos. O modelo de negócio deles perdeu sustentabilidade, principalmente pela perda do poder aquisitivo do brasileiro desde 2015. É bom lembrar que se teve desde aquela época uma forte recessão de onze trimestres consecutivos (2014-2016) e a pandemia do covid-19, a partir de 2020.

O investimento da Ford na Argentina é por enquanto de R$3,3 bilhões.

Para o Brasil fica a lição de que deve investir mais em educação, visando melhorar a produtividade e aumentá-la, melhorar o ambiente de negócios, e para isso é fundamental fazer reformas econômicas, além de elevar o poder aquisitivo da população.