NÚCLEOS DA INFLAÇÃO ESTÃO BAIXANDO

 

A inflação em todo mundo é reconhecida como um grande problema atual, devido ao fato de que o se patamar se elevou, em diversos países, ao nível de descontrolar os níveis gerais de preços, que são os dados pelos quais se calculam as diferentes formas de inflação. No caso brasileiro, a inflação oficial, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado mensalmente pelo IBGE, que se traduz em pesquisas de várias cestas de bens e serviços, em torno de seis centenas. Por isso, tem seus diferentes núcleos, cujos principais são relativos a alimentos, transportes, combustíveis e energia.

Em palestra, ontem, em Fortaleza, Ceará, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, máxima autoridade monetária do País, visto que o Banco Central aqui se tornou independente, por lei federal sancionada, quer dizer, nem o presidente da República pode alterar suas decisões, muito embora ele indique os seus membros, os quais tem mandato de quatro anos, podendo ser reconduzidos, afirmou que os núcleos da inflação estão se reduzindo por todo o globo.

Ora, se a inflação vem sendo combatida pela elevação da taxa de juros, havendo êxito parcial, conforme está acontecendo na conjuntura em diferentes países do mundo, os analistas econômicos globais estão vendo o fim da ameaça à recessão global e a retomada do crescimento econômico lá na frente, assim que a inflação volte a patamares inferiores a, por exemplo, 5%.

No Brasil, já está ocorrendo um retorno a esse patamar, visto que a inflação projetada, pelas maiores instituições financeiras do País, pesquisadas cerca de 100 delas, semanalmente pelo Banco Central, estão antevendo que a inflação brasileira poderá convergir para o teto da meta, nos próximos anos, conforme boletim semanal Focus, cuja as pesquisas estão mostrando que ela cai lentamente em seus núcleos básicos.  

Campos Neto, muito criticado pelo presidente da República e pelas autoridades do governo, por que está usando a maior taxa básica de juros, tanto nominal como real, do planeta, a primeira em 13,75% e a segunda acima de 6,00% ao ano, afirmou que, se fosse isso, o Brasil estaria com um mega processo inflacionário.

Retroagindo ao início da pandemia do covid-19, quando todo mundo desacelerou o processo de crescimento econômico, via isolamento social em seu combate, o País realizou estímulos fiscais e financeiros, que fizeram com o País somente ficasse um ano em recessão (2020, ano do seu início), tendo mais do que se recuperado em 2021, mas trouxe um maior processo inflacionário, também por força do aumento do preço das commodities, tal como o barril do petróleo, associados aos efeitos da guerra da Rússia com a Ucrânia. Por isso, o Brasil foi um dos primeiros países a elevar bastante à taxa básica de juros e não ingressou em recessão. Portanto, concluiu que, provavelmente no final do ano, iniciará um novo ciclo de baixa da taxa básica de juros e o País poderá recolher maior incremento da atividade econômica.  

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