INFLAÇÃO CONTRATADA
A inflação brasileira continua
abaixo de 6%, mas com linha de resistência em 5,7%, devido ao fato de que a
inflação brasileira, no dizer dos economistas, vem estando contratada, devido
aos elevados preços praticados dentro do mercado doméstico, notadamente de
alimentos, bem como dentro do mercado externo com a sustentação de preços dos
commodities, especialmente o preço do barril de petróleo. Assegurando a elevada
inflação internacional, a guerra entre Rússia e Ucrânia está fazendo um ano. O
palco das ofensas está se dando no hemisfério Norte e as tensões estão cada vez
mais acirradas.
Por seu turno, o Brasil que foi
praticamente o primeiro país a iniciar o ciclo de elevação da taxa básica de
juros no segundo semestre de 2020 barrou o referido ciclo no final do ano de
2021.
Ontem o Comitê de Política
Econômica do Banco Central, em sua primeira reunião deste ano, manteve a taxa
básica de juros, a SELIC, em 13,75%, enquanto a inflação anualizada alcançou
5,9%. Por outro lado, a expectativa dele é de que o ano de 2023 se encerre com
uma inflação de 5,6%. Isto é, pelo terceiro ano seguido, acima da meta fixada
pelo Conselho Monetário Nacional, que é de ter um centro da meta de 3,25%, com vieses
de – 1,5% e de 1,5%. Vale dizer, no teto do esperado para a SELIC, de 4,75%, o
furo do teto seria de 0,85%. O Banco Central teria que se explicar, visto que o
modelo de previsão está bem fora do alvo.
Incertezas quanto à reforma
fiscal pretendida pelo atual governo, visto que nenhum governo conseguiu fazê-la
desde 1967, além de que o modelo preditor está sendo furado e se distanciando
dele em horizontes de tempo mais longos, torna o clima naquela autoridade
monetária de apreensão.
Na verdade, o Banco Central, em
seu comunicado de anúncio da referida taxa, reitera que não a deixará frouxa, devido
à desancoragem das expectativas. Em outras palavras, continuará praticando
altas taxas, para que a inflação convirja para o centro da meta, em longo
prazo. Isto quer dizer que a taxa básica de juros ficará alta por muito tempo.
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