INDÚSTRIA COMO PIVÔ DA DISCUSSÃO DE JUROS

 

A equipe econômica e o presidente Lula não gostaram do comunicado duro que o Banco Central deu, após a primeira reunião do Comitê de Política Econômica (COPOM), que finalizou no dia 01 de fevereiro. Quando ficou evidenciado que os juros básicos da economia, a taxa SELIC, poderá ficar elevada por longo tempo e somente poderia baixar no final do ano, ainda eu muito pouco. Está é a leitura que fizeram as cerca de 100 instituições financeiras consultadas, semanalmente, pelo Banco Central, para revelar as projeções semanais das medianas da inflação, do PIB, da taxa SELIC e do dólar comercial. Na verdade, eles estão incomodados com a lei que aprovou a independência do Banco Central. Eles gostariam de baixar os juros e de interferir nas decisões do referido Comitê. A diretoria do citado banco tem sido ortodoxa.

A indústria ingressou no debate, argumentando que no ano de 2022 o PIB caiu 0,7% e que em 2023 o PIB também cairá 0,5%. A razão principal da retração industrial, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, teria sido os juros elevados, praticados na economia nacional. Dessa maneira, pressionam pela queda da taxa básica de juros, a qual influencia as demais taxas praticadas, principalmente para a elevação dos juros do capital de giro industrial, além do crédito pessoas, forçando aos consumidores a consumirem menos.

Conforme a FIESP, os 25 segmentos da indústria de transformação estiveram mostrando perda de tração, em 2022, em particular, a indústria têxtil, metalúrgica e de móveis. Segundo ainda a FIESP, os juros tão elevados estão dificultando a recuperação dos segmentos industriais, que ainda não regressaram ao período anterior à pandemia.

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