BRASIL NA CONTRAMÃO
Os dados revelados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) são
de que a economia global tem melhorado, do ano passado para agora, apresentando
perspectivas de que a inflação das grandes economias está cedendo, os juros
ainda sobem pelos bancos centrais, mas já há indícios de que irão paralisar,
além de que é reforçada a perspectiva de que muitos países crescerão mais do
que anteriormente previstos pelo FMI. O cenário internacional é otimista, não
obstante ter continuidade a guerra entre Rússia e Ucrânia.
No Brasil, a inflação cedeu até pouco abaixo de 6%, mas ficou
no patamar entre 5,5% e 6,0% como projeções da inflação anual. Os juros da taxa
básica estão rígidos para queda, proporcionando ganho real acima de 6% no
mercado financeiro. O duro discurso do Comitê de Política Monetária, no dia
primeiro deste mês, de que se a inflação não ceder, poderia até aumentar mais
os juros. O assunto tem causado reações do presidente Lula e da equipe
econômica, desaforadas, dizendo que o presidente do Banco Central está contra os
interesses maiores do Brasil e com impulsos recessivos. Tais divergências levam
a que os empresários fiquem com receios para investir mais. O presidente Lula declarou que “Vamos esperar
esse cidadão (Roberto Campos Neto) terminar o mandato dele para agente fazer
uma avaliação do que significou o Banco Central independente”.
No conjunto das instituições financeiras, consultadas semanalmente
pelo Banco Central, desde o ano 2.000, a economia terá este ano um pífio
crescimento. Além do mais, a política fiscal expansionista fará que o governo
amplie os gastos em cerca de R$170 bilhões. Fato, em si, trazendo mais inflação.
Por fim, o governo quer expandir a atuação do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social, de investimentos de 1,5% do PIB para 2,0%, com menores taxas
de juros do que as de mercado, na economia doméstica e em outros países latino-americanos.
Enfim, a política econômica do atual governo não está clara e os acenos são
ruins.
Por seu turno, os juros dos títulos públicos, atrelados à
inflação, superam 6,5% em 2023, na taxa acumulada de 12 meses. Há um ano eram
de 5,65%, conforme dados do Tesouro Direto. Como resultado está ficando cada
vez mais pressionado o governo para manter ou elevar as taxas de juros de seus
títulos públicos.
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