SUPERÁVIT PRIMÁRIO NO PRIMEIRO SEMESTRE
Desde 2014 que o governo federal vem tendo déficit primário,
de acordo com calendário gregoriano (de janeiro a dezembro). Geralmente, no
primeiro semestre poderia o governo central tem resultado positivo, mas fechou
todos os oito últimos e consecutivos anos em déficit primário. O que está
surpreendendo é o grande superávit primário no primeiro semestre de 2022 e a
geração de 1,334 milhão de empregos formais também neste primeiro semestre,
quando também foram seis meses de superávits seguidos. Acresça-se a isso que as
estimativas do PIB têm crescido, nas perspectivas de cerca de 100 instituições
financeiras, consultadas semanalmente pelo Banco Central e publicadas no
relatório Focus. Ou seja, de estagnação
econômica ou até mesmo recessão econômica, que muitos analistas das citadas
instituições financeiras acreditavam desde o final do ano passado, os mesmos
analistas referidos passaram a estimar um PIB crescendo em torno de 2% em 2022,
Até o FMI mudou de perspectiva e acredita que o Brasil crescerá próximo de 2%
também neste ano, enquanto antevê que alguns países poderão ingressar em
recessão técnica, principalmente pelos efeitos das elevações de preços do
barril de petróleo, dos preços dos alimentos e de recuo da atividade produtiva.
Ainda ontem, os Estados Unidos informaram que a sua economia recuou também no
segundo trimestre deste ano e poderia estar em recessão técnica.
Voltando ao superávit primário, de janeiro a junho, este foi
de R$53,614 bilhões, contra um déficit primário de R$53,568 bilhões no primeiro
semestre de 2021. Já, em 12 meses, o superávit primário é de R$75,1 bilhões,
equivalentes a 0,93% do PIB.
Referido superávit primário é resultado de ganhos
extraordinários ou ajuda de fatores atípicos, de ganhos com a privatização da
Eletrobras, receitas de dividendos e descasamento na quitação de precatórios.
Os resultados reúnem os saldos do Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência
Social. O superávit primário dos dois primeiros foi de R$228,2 bilhões, melhor
resultado para o semestre, desde 1997. Já o déficit primário da Previdência
Social alcançou R$171,1 bilhões.
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