PETRÓLEO CAIU FORTEMENTE

 

O barril de petróleo do tipo Brent, que é o comprado pelo Brasil, caiu próximo de 10% ontem. O barril do petróleo exportado pelos Estados Unidos do tipo Wti caiu ontem para menos de cem dólares. Os analistas econômicos estão prevendo uma forte recessão global. Dessa maneira, o Citibank está prevendo, nesse novo cenário, que o barril de petróleo irá recuar para próximo de US$45.00.

O indicador de referência da bolsa brasileira, o IBOVESPA, ontem teve um dia atípico, tendo chegado ao final do pregão com queda de 0,32%, aos 98.264 pontos. Porém, durante o dia, chegou aos 96.499 pontos. No geral, as ações da Petrobras tiveram forte recuo, refletindo a referida baixa do preço do barril de petróleo. Ademais, as ações da Petrobras, conjuntamente com as da Vale, são mais de 30% das ações negociadas na bolsa de valores nacional. As conclusões acima são as de mercado. No entanto, as medidas de política econômica que o governo federal tem adotado, estão se refletindo na forte retração dos preços dos combustíveis, ontem 20 Estados anunciaram a redução dos preços deles, bem como a chamada PEC das bondades, que está praticamente fazendo a União furar a lei de teto dos gastos, mediante aprovação dela pelo Congresso, já fora aprovada pelo Senado e, agora na Câmara, o seu relator não quis modificar o texto vindo do Senado. Provavelmente, poderá ser aprovada pelas duas Casas nesta semana e sancionada pelo presidente da República. As medidas são de gastos públicos maiores do que os previstos no orçamento, a vigorar até o final do ano, o que resultará em grande déficit primário.

A flutuação de ontem no IBOVESPA se iniciou com enorme mau humor do mercado de bolsa. Houve muito exagero na venda de ações. Mas, na medida em que o mesmo aconteceu na bolsa de valores de Nova York, onde as ações chegaram a cair até 2%, porém, fecharam no azul, a bolsa nacional se recuperou até o final do pregão.   

Na contramão, a varejista Magazine Luiza, disparou, subindo no dia mais de 12%. Havia rumores de que, a empresa, que já recuou mais de 63% em um ano, iria quebrar. As notícias eram reforçadas devido à concretização da falência da varejista Ricardo Eletro, decretada pela segunda vez.

Para completar a conjuntura de ontem, o dólar comercial encerrou em alta, vendido a R$5,38, sendo a maior cotação desde janeiro. Até recentemente foi negociado abaixo de R$5,00, indo em direção aos R$4,50. Mas, subiu também com a elevação do risco do Brasil.

O IBGE também divulgou ontem que a produção de bens de capital em maio cresceu 7,4%, em relação a abril. A produção industrial cresceu pelo quarto mês seguido, mas ainda está aquém do nível antes da pandemia. O indicador Antecedente do Emprego, calculado pela Fundação Getúlio Vargas subiu um ponto. O ex-presidente Lula se reuniu em almoço com os mais ricos e poderosos executivos dos bancos, para discutir a eleição de outubro.

O vai-e-vem das notícias do dia de ontem deixa um analista econômico atordoado. Entretanto, não é difícil perceber que a conjuntura tem enormes dificuldades, mas que a economia brasileira irá crescer este ano, ao contrário do que vários analistas financeiros no ano passado se referiam, a uma provável estagnação em 2022. Oficialmente, a equipe econômica acredita em crescimento de 2% e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, órgão auxiliar do governo federal, em crescimento do PIB de 1,8% em 2022.

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