POPULISMO FISCAL
O sistema de mercados produtivos, cujas maiores representações tem ações na bolsa de valores, bem como sistema de mercados financeiros são ambos interface um do outro. Ontem, tiveram investidores reagindo contra o que chamaram de populismo fiscal. Isto é, eles perceberam que a perspectiva do Programa Auxílio Brasil, dado que o governo federal está aventando como substituto do Programa Bolsa Família poderia ultrapassar a lei do teto dos gastos do País, ao contemplar cada beneficiado com R$400,00, visto que Programa Bolsa Família hoje contempla o benefício médio de R$189,00. O resultado imediato foi da bolsa de valores brasileira despencar 3,28%, aos 110.672 pontos, além do dólar alcançar o pico de R$5,60. Isto na contramão mundial, quando o dólar ontem se desvalorizou e as bolsas mundiais subiram. No final do dia o governo central adiou o anúncio do novo programa.
O mercado acionário de ontem teve perdas dos grandes bancos e do carro-chefe Petrobras, que recuou 4,89%, visto que a demanda por combustíveis foi considerada atípica, além da produção estimada pela petrolífera. A demanda por óleo diesel está maior em 20%. A da gasolina em 10%. Falou-se no dia até em crise de desabastecimento. Mas, o que está na frente mesmo é que a solução se faria com elevação dos preços dos combustíveis. Aliás. Os preços dos combustíveis estão defasados em relação aos preços internacionais. No ano passado esteve por volta de US$20.00 o preço do barril de petróleo e hoje em dia se aproxima de US$85.00. Os sinais percebidos eram de que haveria piora fiscal do País, até porque um grupo forte de parlamentares não acredita que a reforma do imposto de renda não passará, a única parte da reforma tributária que o governo federal pretendia realizar.
O pessimismo de ontem foi muito grande, havendo quem não acredite que nos dois meses que faltam não passaria nenhuma reforma em debate no Congresso Nacional.
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