INFLAÇÃO DE ALIMENTOS



O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo IBGE e divulgado mensalmente, é uma média dos IPCAs nas seis maiores regiões metropolitanas brasileiras. Ele está, em doze meses, até setembro em 10,25%. Dentro deles se encontra o IPCA de alimentos. Em 2019, este fora de 40%; em 2020, de 60%; neste ano, também até setembro está em 15%. Para isto tem concorrido a forte valorização do dólar, que influencia a inflação global por volta de 30%. Nesta semana, o dólar, em relação ao real, voltou a disparar e haverá forte repercussão nos preços dos alimentos. Não basta o desconforto nos brasileiros, o governo federal cogita em elevar gastos públicos, mesmo que para atender a programas sociais, o que amplia o déficit primário previsto tanto para este como para o próximo ano. O descontentamento é grande, fazendo os investidores se retraírem e já contratarem baixo crescimento do PIB em 2022, havendo até aqueles que se referem à economia ingressar em recessão. O dólar valorizado, o mesmo que a moeda brasileira desvalorizada, depreciando os ativos brasileiros.

Desde que foi aprovado em 2016, para valer a partir de 2017, a lei do teto dos gastos já sofreu alterações. Em 2019, o governo aprovou no Congresso uma PEC para permitir o pagamento para Estados e Municípios  da “cessão onerosa”, recursos obtidos por meio do petróleo extraído da camada do pré-sal. Em 2020, o Executivo aprovou outra mjudança na lei referida, através da PEC Emergencial, que também viabilizou o pagamento do auxílio emergencial, pago em 2020 e em 2021. Violar, mesmo que aprovado pelo Congresso, eleva-se os gastos públicos e o endividamento da União.

Os agentes econômicos estão descontentes. Assim, no horizonte está prevista a greve dos caminhoneiros, no início do próximo mês. Não sem motivo, o presidente da República também prometeu auxílio a 750 mil caminhoneiros autônomos, no valor de R$400,00, após ter anunciado o Programa Auxílio Brasil, que será criado e que poderá vigorar a partir de novembro deste ano, até o final de 2022. O número de caminhoneiros autônomos está no cadastro da Agência Nacional de Transportes Terrestres.

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