MELHORES E MAIORES
Há 47 anos que a revista Exame faz um levantamento das Melhores e Maiores Empresas do Brasil. Já foram destacadas as 500, depois 1.000 e nesta edição de 2021 foram escolhidas 627 maiores empresas do País. O cenário visto pela revista Exame para o ano passado foi de que as gigantes corporações cresceram bastante em um quadro de pandemia do covid-19. Elas faturaram R$3,6 trilhões, valor superior a 9,1% do que no ano anterior. Quando descontada a inflação o crescimento real dessas companhias foi de 4,5%, em um ano que o PIB recuou 4,1%. O lucro acumulado também surpreendeu de R$208 bilhões. As companhias foram escolhidas em 18 segmentos produtivos, atuando no agronegócio, que ampliaram suas receitas em 32%, cuja safra bateu mais um recorde 245 milhões de toneladas de grãos, aumentando a participação do agronegócio no PIB em 7%. A demanda externa, principalmente da China, aliado à desvalorização cambial do dólar em 22% em 2020, fizeram as receitas das exportadoras de commodities turbinarem. Em segmento como a mineração, o crescimento foi de 41% e teve o melhor desempenho na edição do ano. Assim, o superávit comercial brasileiro em 2020 foi de 51 bilhões de dólares.
O segmento de alimentos e bebidas foi beneficiado pela mudança de comportamento do consumidor durante o período de isolamento. As vendas da alimentação fora de casa caiam enormemente, mas as dos supermercados cresceram 10%. O segmento do atacado e varejo de produtos farmacêuticos e de beleza registraram altas expressivas. Dessa forma os segmentos considerados essenciais absorveram a maior parte do auxílio emergencial de R$293 bilhões. Referido auxílio beneficiou 68 milhões de pessoas de baixa renda e de trabalho informal. Outro segmento que teve bom desempenho foi a construção civil, que cresceu o emprego em 112.000 novas vagas, sendo 9% a mais em relação a 2019.
O setor que mais sofreu foi o de serviços, responsável por 63% do PIB e por 68% do emprego nacional. Mediante duras regras impostas para o seu faturamento, o segmento de hotéis e restaurantes registraram 44% de queda nas suas receitas. Os shoppings centers perderam 33% de faturamento. Ademais, moda, vestuário e logística de transportes encolheram bastante. No segmento de turismo cerca de 1 trilhão deixaram de ser injetados no País, em contrapartida 1 trilhão de dólares foram injetados no e-commerce.
A revista Exame fez um estudo da elite empresarial. As 627 empresas escolhidas passaram a ter um patrimônio líquido de R$2,8 trilhões, em 3 de dezembro. As receitas passaram de R$3,3 trilhões para R$3,8 trilhões. A participação no PIB se elevou de 4,1% para 4,5%, na passagem de 2019 para 2020.
É fato que a citada revista em suas 47 edições faz uma análise da evolução capitalista no Brasil e sempre o cenário é de destaque para as grandes corporações.
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