ÍNDICE DE DESCONFORTO ECONÔMICO


O Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas também calcula um indicador que ele denomina de Índice de Desconforto da Economia, que visa identificar períodos de grandes dificuldades da população brasileira. Na verdade, o indicador é o mesmo Índice de Miséria, criado pelo americano Arthur Okun (1928-1980), exposto aqui como a soma da taxa de inflação com a taxa de desemprego. No dia 22 de junho se apresentou aqui que o Índice de Miséria estava em 23 pontos. Antes de 1994 a economia brasileira estava indexada. Porém, o Plano Real estabilizou a economia e o Brasil passou a ser possível de comparado com os países de moeda estabilizada no mundo, no que se refere ao Índice de Miséria aqui enunciado. Agora, quando o País começa a fazer comparações com ele mesmo, o IBRE passou a fazer comparações nas séries históricas longas, expondo o desconforto nacional em determinadas épocas.

O IBRE informa que o desconforto, em poucos meses aumentou para próximo de 25 pontos. Vale dizer, o desemprego está próximo de 15% e a inflação caminha para 10%. Referida pontuação é a pior do que aquela deixada no final do governo de FHC (2002) e início do governo de Lula (2003), assim no final da era Lula, quando se teve a grande crise econômica mundial mais recente (2008). Ora, FHC sofreu uma crise hídrica em 2001, que elevou em muito a taxa inflacionária, de 2001 para 2002. Lula vinha surfando em uma onda de alto crescimento do PB, de 2015 a 2017, quando eclodiu o estouro financeiro da quebra do banco Lehman Brothers, banco centenário e tido como sólido, além do desmoronamento do mercado imobiliário americano, mediante crise de hipotecas (cidadãos tomavam dinheiro nos bancos americanos, para comprar vários imóveis, sem garantia real, bem como depois não podiam pagar), também chamada de bolha financeira. A crise ficou sistêmica, saindo do mercado financeiro para o mercado produtivo. No caso, agora, de Bolsonaro, este enfrentou e ainda enfrenta os efeitos da pandemia do covid-19. Este desconforto econômico realmente tem sido o maior.

Claro, o Índice Desconforto Econômico em referência é até menos drástico se for vista a perda de poder de compra de 74% das classes médias e de que 25% dos domicílios estarem com suas contas atrasadas, segundo afirmações com base em cálculos também do IBRE.

Enfim, o desconforto em referência s transforma em infelicitações de várias ordens e aqui não se irá além, visto que a finalidade tem sido de escrever sempre uma lauda.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ONDAS DE CALOR

LÓGICA DO AGRONEGÓCIO

PREVISÕES SEMANAIS