EXPLICAÇÕES SOBRE BOLSA ESTÁVEL



As bolsas pelo mundo tiveram ontem fortes altas e a bolsa brasileira, embora tenha aberto em bom nível de alta fechou estável, próxima de zero. Está havendo muita cautela dos investidores por aqui. Uma série de motivos explica isto.

Primeiro, a inflação persistente, quase chegando a 10% em doze meses, desestabiliza a economia e fazem as previsões saírem do campo da realidade.

Segundo, o preço do petróleo também em persistente alta, estando o barril por volta de US$82.00, perante uma política de preços de paridade da moeda brasileira com o dólar, fazendo com que o governo transfira a alta para a economia doméstica. Embora o ex-presidente Lula diga que o País é auto-suficiente na produção do referido minério, o presidente da Petrobras afirma que o petróleo importado corresponde a 30% do total aqui consumido e o a Petrobras tem que exportar o petróleo pesado, importando petróleo leve.

Terceiro, a indefinição das questões fiscais, tais como a reforma tributária que não passa no Congresso, nem mesmo a do Imposto de Renda, além da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) dos precatórios polêmica.

Quarto, a proximidade das eleições presidenciais e os dois candidatos já em campanha, bipolarizando os debates, não havendo uma terceira via.

Quinto, o dólar fechou em alta e chegou à máxima dos últimos cinco meses, estando a R$5,484. O dólar muito valorizado deprecia os ativos brasileiros.

Sexto, a indústria recua pelo terceiro mês consecutivo e compromete o bom crescimento esperado.

Sétimo, a proposta de um novo ICMS, para reduzir efeitos da alta dos preços dos combustíveis, feita pelo presidente da Câmara, Artur Lira, tem vários governadores contra a sua unificação.

Enfim, a agenda de governo está comprometida pelo terceiro ano e isso gera insegurança entre os agentes econômicos.

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