DÉFICIT PÚBLICO PROJETADO

04-10-2021


O Ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu zerar o déficit primário no primeiro ano de governo. Já está no terceiro ano com déficit e agora projeta um déficit menor do que recebeu o governo federal em 2019, para 2022. Em 2019 o rombo fora de R$95,1 bilhões. Em 2022 a esperança é de um déficit primário de R$28,8 bilhões. Nada obstante, as incertezas sobre o rumo da política fiscal cresceram nas últimas semanas devido aos programas sociais que Bolsonaro tem anunciado em ampliar. No caso, mudar de nome o Programa Bolsa Família para Auxílio Brasil e ampliar o número de assistidos em pelo menos 5 milhões, cujo anteprojeto está em debates no Congresso. Porém, o novo programa depende de uma solução para os precatórios, previstos em R$89,1 bilhões em 2022, que consumirá a folga orçamentária. Por outro lado, a ala política do governo defende a prorrogação do auxílio emergencial, que custa R$9 bilhões mensais, fora da lei do teto dos gastos e custeado com a emissão de mais dívida pública.

A Secretaria de Política Econômica também vê no azul as contas públicas, a partir de 2023, mediante leve superávit primário de R$2,8 bilhões. Os analistas do mercado financeiro acreditam que o déficit primário será por mais três anos, até 2024. Vendo o lado dos gastos públicos, referida secretaria afirma que a União economizou R$19,65 bilhões nas despesas com o funcionalismo, através de um corte de 22,9 mil servidores e de congelamento de salários. O secretário Adolfo Sachisida assim se referiu: “O País apresenta a menor taxa de reposição da série histórica. Na média dos últimos três anos, pouco mais de 11 mil novos servidores foram contratados”.

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