GRANDES OSCILAÇÕES DA BOLSA
Os ciclos econômicos são refletidos em bolsa de valores com pontos de pico e de queda ao longo do tempo. Entretanto, o ciclo longo ocorrido depois do início da pandemia do covid-19 é de grandes oscilações, no geral. Na bolsa de valores brasileira, a B3, após o anúncio pela Organização Mundial da Saúde da pandemia do covid-19, no dia 07-03-2020, ocorreu a maior baixa do ciclo bastante longo. A B3, daquele dia, fechou por volta de 61 mil pontos. Depois, iniciou-se a recuperação e no final de 2020, até início de 2021, a B3 retomou a casa dos 120 mil pontos, que fora atingido no início de março de 2020, pouco antes do anúncio da pandemia.
Durante o dia 7 de junho de 2021, atingiu o auge de 131.190 pontos, para encerrar aquele dia em 130.776 pontos, o maior recorde desde os anos de 1960. Porém, reiniciou-se novo ciclo de queda, até agora sem retorno. Em julho, a B3 teve recuo de 4%. Em agosto continuou com perdas até ontem (18), já trazia para este ano de retomada do crescimento, um mergulho de menos de 1% em seu indicador, o Ibovespa. Como quase sempre há fatores externos preponderantes aos fatores internos. Os fatores externos decorrem da expansão do covid-19, levando a China, um dos motores internacionais, a decretar o segundo lockdown, mediante presença da variante Delta do covid-19. A China já não espera crescer tanto como vinha há décadas e isso reflete muito no País, que a tem como primeira parceira comercial. Em seguida vem a expectativa do crescimento dos Estados Unidos, o maior país do mundo, segundo parceiro comercial brasileiro, que não crescerá tanto, como em recuperações de grandes ciclos anteriores, como fora o mais próximo, o iniciado em 2008. Os fatores domésticos estão na incapacidade do governo em levar adiante as grandes reformas prometidas, tal como é a tributária, fatiada, com a reforma do imposto de renda, que foi retirada de pauta pela terceira vez nesta semana. O risco fiscal vem em seguida, na medida em que o governo também quer fatiar, para 9 anos, o pagamento de dívidas judiciais, mandando para o Congresso a PEC dos Precatórios, tendo dificuldades para passar, A elevação da inflação e a elevação dos juros para contê-la também impactam na retração do mercado e a bolsa de valores retornou para a casa dos 115 mil pontos. Ademais, o governo federal quer ampliar o programa bolsa família, mudando o seu nome para Auxílio Brasil, recursos estes que também serão pressões de gastos, fazendo com que o mercado financeiro receie o furo na lei do teto de gastos.
Os balanços do terceiro trimestre têm apresentado bons resultados. Porém, os riscos políticos, pelos conflitos nos poderes do Estado, deixam dúvidas sobre a tendência de recuperação da bolsa brasileira.
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