24/07/2020 - ISOLAMENTO SOCIAL IMPULSIONOU DESEMPREGO
O IBGE divulgou ontem que a taxa de desemprego aberto chegou
a 12,4% em junho, conforme a PNAD Contínua, chamada também de PNAD covid-19. Estavam
desempregados formalmente 14,8 milhões de pessoas. Houve alta da referida taxa
de 1,7% em relação a maio. O Instituto também calculou que a desocupação e o
afastamento pela pandemia fizeram com que 29,6 milhões de cidadãos deixassem seus
domicílios em junho. Ou seja, quase metade dos chamados vulneráveis. Aqueles
cerca de 60 milhões que se apresentaram para receber o auxílio emergencial.
Se for considerada a taxa de desemprego na semana escolhida
de 21 a 27 de julho ela já bateu no recorde de 13,1%, em cálculos de avaliação
da PNAD covid-19 no final de junho. O fato é que o desemprego ainda está
bastante crítico. Mas, já há quem acredite, como o presidente do Banco Central,
Roberto Campos Neto, que há indicadores de confiança que já sinalizam uma
recuperação do PIB, após a fase mais aguda da crise da pandemia do covid-19. Conforme
Campos, a previsão atual da queda de 6,4% do PIB em 2020 é pessimista.
Nas palavras de
Campos, em videoconferência organizada pelo jornal Valor Econômico: “A
perspectiva é melhor. Tivemos uma queda muito abrupta e muito rápida da atividade
econômica, por isso a tendência em um primeiro momento é de um retorno rápido
também. Nos índices de confiança de alta frequencia, já vemos uma recuperação
grande”. Citou ainda ele dados sobre o consumo de energia e a arrecadação de
tributos que indicam uma recuperação da economia a partir de junho. Assim,
prosseguiu: “Grande incerteza é o número do segundo trimestre. É ele que vai
ditar o PIB este ano. Desde o último relatório de Inflação, os indicadores têm
confirmado essa recuperação”. Campos ainda reforçou que o auxílio emergencial
pagos em parcelas mensais e consecutivas pelo governo trouxe recomposição da
renda dos mais vulneráveis.
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