14/07/2020 - INVESTIMENTOS DIRETOS NO PAÍS
Na contabilização dos investimentos diretos no País, o Banco
Central informou que os investidores estrangeiros retiraram do Brasil R$80,6
bilhões da bolsa de valores de São Paulo. De 01 de janeiro a 9 de julho. O
valor em referência é o maior em cerca de seis meses, desde que a contabilidade
dos recursos se iniciou em 2004. Em momentos críticos, os capitais estrangeiros
saem dos países emergentes e buscam refúgios em países mais seguros. Por seu
turno, a bolsa brasileira ingressou em queda vertiginosa. De próximo de 120 mil
pontos, ela veio recuando até 63 mil pontos, em retração para 52% do Ibovespa.
Os circuits breaker foram seis, iniciando-se nas bolsas asiáticas, europeias,
chegando à brasileira e de Nova York.
A maior saída ocorreu em março, mês em que foi decretada pela
Organização Mundial de Saúde a epidemia do covit-19, iniciando-se as medidas de
isolamento social e a forte recessão econômica que se seguiu, ainda na sua
vigência. No mês de março saíram mais de R$24 bilhões em recursos. O mês de
junho foi o único que representou saldo positivo de R$343 milhões. Na verdade, a
bolsa de valores veio em grande recuperação em maio, junho e neste início de
julho. Ultrapassou os 100 mil pontos no dia 10. Porém, reiniciou o movimento de
queda da barreira dos 100 mil pontos ontem. Retroagiu 1,33%, fechando a 98.697
pontos.
No mês de julho, os capitais estrangeiros já saíram em mais
de R$4 bilhões. A recuperação da bolsa nacional se deve aos capitais
domésticos, que, devido às baixas taxas de juros e até negativas de aplicações
financeiras, buscando melhor rentabilidade nos fundos de renda multimercados.
Dessa forma, à semelhança de outros países emergentes, o
Brasil foi prejudicado pela aversão ao risco, em razão dos problemas sanitários
e econômicos que se seguiram. No acumulado do ano, o saldo da saída líquida de
recursos está maior do que o registrado no primeiro semestre da forte recessão
de 2015.
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