RECUO FISCAL
21-04-2023
O anteprojeto do governo de um arcabouço fiscal provocou um alvoroço no mercado financeiro, criticando a proposta de extinguir o contingenciamento de gastos e a extinção da punição para o governante que desobedecer a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A LRF impõe até a perda de mandato como aconteceu com a ex-presidente Dilma Rousseff que realizou o uso de bancos públicos para pagamentos de despesas orçamentárias, como adiantamentos, o que é proibido pela LRF.
O anteprojeto em referência também traz 13 excepcionalidades,
para limite de gastos, o que desagradou muitos analistas financeiros. Em
síntese, torna pedregoso o combate à sonegação fiscal e propõe fazer revisão de
renúncias fiscais.
Por seu turno, pode permitir as despesas com aumento de
capital das empresas estatais não financeiras.
Ademais, a previsão de que as receitas públicas líquidas no
ano que vem poderá crescer 7,8% se mostrou ao mercado financeiro como
irrealista.
Em suma, pareceram positivos os fatos de que o governo
federal tem intenções de estancar o crescente endividamento do País nos
próximos anos, mas se revelou muito brando em relação ao esperado, além de que
o controle da despesas poderá ser cumprido, visto estar limitadas a 70% do
crescimento das receitas.
O fato é que o arcabouço não é a reforma fiscal tão esperada,
desde aquela realizada pela Constituição outorgada de 1967.
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