DIA SEGUINTE

 

Ontem foi o dia seguinte da apresentação do anteprojeto governamental do arcabouço fiscal. As exceções constantes do texto geraram incertezas no mercado financeiro. Na Europa as bolsas de valores subiram e nos Estados Unidos ficaram estáveis. Mas, no Brasil a bolsa de valores caiu mais de 2% e o dólar subiu também mais de 2%, isto em um único dia.

 Na política, a primeira defecção foi a demissão do Ministro do Gabinete Institucional, figura polêmica e que iria prestar depoimento no Congresso sobre as manifestações do dia 8 de janeiro. Tornou-se público um vídeo do citado Ministro Gonçalves Dias, o qual estava em sigilo, quando se encontra o citado ministro e membros do gabinete circulando no meio dos manifestantes. Dias apresentou atestado médico para faltar a audiência. As forças políticas da situação mudaram de posição e recomeçaram a serem favoráveis à Comissão Parlamentar de Inquérito Mista sobre os referidos acontecimentos políticos. O pedido de demissão do ministro é para fugir da audiência, já que alega que não responde mais pelo cargo e não poderá dar informes ao Congresso. A situação mexeu com o Congresso, que pretende dar uma resposta.

Por seu turno, as taxas de juros futuras dos contratos subiram fortemente ontem, quando eram esperadas que caíssem. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a inflação ainda persiste e não está caindo.

Na ponta longa dos juros de longo prazo atuam os capitais estrangeiros, citando preocupações com o cumprimento das regras fiscais no Brasil, em meio à movimentação global da fuga de ativos de risco.

A conjuntura ficou ainda mais pessimista.

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