POLÍTICA MONETÁRIA

 

23-04-2023

Em encontro em Londres, o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, defendeu a condução da política monetária perante uma plateia de investidores e políticos. Ao explicar-se porque o BC pratica as maiores taxas de juros do mundo, tanto nominal como real, desde 2021, declarou se não fosse isso a inflação brasileira estaria em 10% ao ano, quando hoje está em aproximadamente 6% anuais. Assim, disse que se começasse o aperto monetário agora, a taxa básica de juros, a SELIC, não estaria em 13,75%, mas em 18,75% ao ano, o que colocaria o País em rota de recessão.

Declarou ainda que: “Se a gente não tivesse subido os juros, a inflação de 12 meses de hoje, de 5,8%, estaria em 10,0% ao ano. Já a inflação esperada para o outro ano seria de 14,0%. Se isso tivesse acontecido, basicamente, teríamos que estar em 18,75% hoje para ter o mesmo objetivo”. No caso específico, para ele, o Brasil ingressaria em forte recessão em 2024. Referindo-se a que a equipe econômica atual tem pressionado para reduzir logo a SELIC, ele vê o movimento como político e defende a atuação técnica do BC.

Prosseguiu: “O custo de combater a inflação é alto e é sentido primordialmente no curto prazo, mas o custo de não combater a inflação é muito mais alto e perene”.

Na sua palestra, Campos Neto ressaltou que estava ali apoiando as relações bilaterais entre o Brasil e o Reino Unido. Por fim, afirmou que a taxa SELIC está estacionada desde agosto do ano passado em 13,75% anuais.

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