BRASIL INFLAÇÃO MENOR DO QUE EM 143 PAÍSES

 

No ano passado o Brasil teve inflação menor do que em 143 países, conforme estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI). O mundo tem cerca de 200 países. Este e um fato inusitado porque, depois de muitas décadas, o País teve inflação menor do que a dos Estados Unidos da América, Reino Unido e Alemanha. É fato inusitado porque as economias dos países desenvolvidos são melhores organizadas do que a dos países emergentes. O acontecimento se deu visto que o Brasil iniciou o ciclo de alta da taxa básica de juros, a SELIC, ainda em 2021, enquanto os bancos centrais dos países desenvolvidos começaram a combater a inflação depois, mas também de forma ortodoxa, elevando os juros básicos da economia. Por aqui é esperado o fim do ciclo de alta da taxa básica de juros. Provavelmente ainda neste ano.

Por seu turno, a ação desde agosto de 2021, de elevação da SELIC, estabilizou a inflação em patamar elevadíssimo, o mais alto do mundo, em 13,75%. O ganho real também é o mais elevado do globo. Superior a 6,00% ao ano.

O Banco Central Europeu ainda planeja elevar a taxa básica de juros em 0,50% e os Estados Unidos também de que elevarão a referida taxa em pelo menos 0,25% anuais.

O informativo Focus do Banco Central, desta semana, traz previsão otimista para o crescimento do PIB, elevando-a de 0,90% para 0,96%. Mas, também traz previsão pessimista para a inflação, que subiu de 6,01% para 6,04%. Não sem motivo o Banco Central do Brasil tem afirmado que a taxa SELIC irá demorar, para ingressar no seu ciclo de baixa. O mercado financeiro continua estimando que a SELIC poderá fechar 2023 em 12,50%.

As estimativas para 2024, 2025 e 2026 pouco se alteraram. Em geral, os cenários das cerca de 100 instituições financeiras são de que o atual mandato presidencial se defrontará com baixo crescimento, inflação em queda lenta e SELIC também.

O presidente da República, em evento em Portugal voltou a atacar a direção do Banco Central, que mantem elevada a taxa SELIC. Os investidores estrangeiros que estavam otimistas com a eleição de Lula, agora se mantem em cautela, devido também ao alto encarecimento do crédito no País.

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