META DE INFLAÇÃO
08-04-2023
A grande discussão entre os fazedores de política econômica é a meta de inflação. E entre os pretensos policy makers. Agora vem um banqueiro, chamado de Ricardo Lacerda, fundador do BR Partners, dizer que o presidente Lula está certo, ao se indispor com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, propondo uma meta maior de inflação, do que a praticada, visto que para ele a meta inflacionária está muito baixa e a inflação alta. Perseguindo-a, Roberto Campos está mantendo a SELIC muito alta e travando o crescimento econômico. O remédio é cruel, mas acredita Campos que irá trazer a inflação para a faixa bem mais comportada. Entre 2% a 3%. O grande Ignácio Rangel dizia que uma inflação insinuosa, por volta de 1% a 3% era bom para a economia, visto que evitaria o entesouramento, fazendo o dinheiro circular.
O mundo circular não é de um círculo perfeito. O dinheiro foi
criado para conduzir a produção.
Facilitar os negócios e impulsionar o progresso. Logo, a inflação é o monstro
que pode assombrar, mas também pode ajustar os termos de troca.
Lacerda invoca os realistas, dizendo que nunca o Brasil teve
uma inflação pequena, abaixo de 4,00%. Lacerda defende uma meta de inflação
entre 4,75% a 5,25%. Só faltou dizer no meio, 5,00%. O que ele quer mesmo é que
o Banco Central inicie o ciclo de queda da taxa básica de juros. A SELIC é a
maior taxa nominal e real de juros do planeta. Remédio forte, o que a ortodoxia
acredita ser para não chegar os níveis do que ocorre hoje na Argentina, onde a
inflação chega por vota de 100%.
Não é dizer que Campos Neto está certo. Mas, a ortodoxia está
no globo inteiro. Ele somente está mais radical, de olho no processo inflacionário
anterior ao Plano Real.
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