SEIS DIAS DE QUEDA NA BOLSA

11-05-2022

A semana se encerrou com sexta queda na bolsa de valores brasileira, voltando aos 105.660 pontos. O IBOVESPA acompanhou a bolsa de valores de Nova York, temendo contração do aparelho produtivo global. As bolsas de valores pela Europa também caiaram. A economia mundial está quase toda integrada e os sinais da demanda e oferta agregadas, ao nível mundial, refletem o pessimismo econômico.

 O mau humor do mercado acionário mais se refletiu por notícias externas, tal como a inflação americana ter chegado a 8,6%, a maior taxa inflacionária em quarenta anos, além de Xangai, uma das maiores cidades do mundo, ter ampliado as restrições de locomoção em quase todo o seu território. Ademais, a guerra entre Rússia e Ucrânia persiste em não acabar tão cedo, pressionando para cima os preços das commodities.

A inflação dos Estados Unidos tão elevada conduz a rumores de que para combate-la virão novos aumentos da taxa básica de juros americana e o receio da maior economia do mundo ingressar em recessão. Como é sabido, há correlação negativa entre juros e produção global. Notícias da China, de que o covid-19 continua ativo e que pode se espalhar mais uma vez pelo mundo revelam que o vírus está na sua quarta onda de infecção. As restrições mais efetivas em Xangai, de controle da doença se revelam também como retração na economia chinesa, a segunda maior do globo. Estados Unidos e China são locomotivas mundiais e puxam a economia mundial, no caso conjuntural, para baixo.

O dólar comercial no Brasil voltou a subir para R$4,97, muito próximo de R$5,00, sinalizando que não poderá retornar ao patamar de R$4,00, mesmo com a balança comercial positiva por vários meses, o que reflete ingresso de dólares, além de vir também dólares para o Brasil, devido às elevadas taxas de juros praticadas no mercado doméstico. Na verdade, o dólar comercial se equaliza, refletindo os níveis de inflação externa e doméstica.

 

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