O PIOR DA INFLAÇÃO JÁ PASSOU

 O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, declarou ontem no X Fórum Jurídico de Lisboa, em Portugal, que a aceleração inflacionária está tendo seu fim, visto que o BC realizou um choque de juros para seu combate e para desacelerar o processo inflacionário.

Segundo ele: “A gente ainda tem no Brasil um componente de aceleração da inflação. Os dois últimos números foram, acho que pela primeira vez dentro da expectativa. A gente acha que o pior momento da inflação já passou”.

O Índice de Preços ao Consumidor no Atacado (IPCA), que mede a inflação oficial, no acumulado de 12 meses, até maio, atingiu 11,73%, conforme informou o IBGE. A previsão atual da inflação para 2022 é de 8,8%. Para combater o recrudescimento inflacionário, o BC elevou 11 vezes seguidas a taxa básica de juros, saindo de 2% ao ano até 13,25% atuais. Isto é, colocou-a na frente da inflação, para revertê-la.

Ademais, a nova lei que reduziu o ICMS sobre combustíveis já tem sido normatizada para São Paulo, caindo de 25% para os 18% o ICMS sobre combustíveis e também Goiás reduziu o ICMS para 17% a alíquota também sobre combustíveis. O esperado é que as reduções tenham efeitos em todos os Estados e repercutam para redução da taxa inflacionária.

O Banco de Compensações Internacionais (Bank International of Settlements ou BIS), baseado na Suíça, considerado o BC dos bancos centrais, criticou a redução de tributos para combater a inflação, na medida em que acredita que muitos serão beneficiados e que os benefícios deveriam ser para os mais necessitados. Por certo ele desconhece que a equipe econômica tem que respeitar a lei do teto dos gastos e de que as alíquotas de ICMS são ainda excessivas.

Mesmo assim, em ano eleitoral, o governo planeja remeter ao Congresso nova Proposta de Emenda Constitucional que traga mais benefícios para os mais necessitados. Aprovada pelo Congresso, ela estará fora da lei do teto dos gastos referida.

 

 

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