INDICATIVO DOS MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

 

A presidência da República em 1956 se iniciou com a gestão de Juscelino Kubitscheck, que fez o Plano de Metas, o modelo mais completo de planejamento encetado no Brasil, quando o País cresceu mais de 6% ao ano, em média anual, a sua meta-síntese foi a construção da capital federal, além de forte incremento da indústria automobilística, tornando-se ambas as indústrias os carros-chefes da economia brasileira, a partir de então. É claro, no segundo quartel do século XX, o agronegócio também passou a ser a terceira locomotiva da economia brasileira. É evidente que se percebem os ciclos econômicos, nos quais se observam segmentos de crescimento, estagnação e recessão.

Devido ao Brasil ser um país em construção, ou uma economia em desenvolvimento, como querem dizer alguns, as fronteiras de crescimento urbano e incremento agropecuário são imensas. Assim, os indicadores delas devem ser bem analisados, principalmente dentro do seu potencial.

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT) informou que as vendas do segmento em referência caíram 5,6% em maio, em comparação com abril deste ano. No acumulado de janeiro a maio as referidas vendas recuaram 9,1%, em comparativo com o mesmo período de 2021. Já no acumulado os últimos 12 meses houve retração de 5,2%.

A que se deveu o péssimo desempenho das vendas do segmento produtivo no período referenciado é a pergunta. A resposta não é única. Analisando o que houve em 2021, a ABRAMAT revelou que as vendas de materiais de construção no primeiro semestre estavam mais aquecidas, para atender obras de reformas domésticas, além de empreendimentos imobiliários tocadas pelas construtoras. Na verdade, não fora só isso, o crédito imobiliário nunca esteve tão barato. As taxas de juros ficaram naquela oportunidade por volta de 4% ao ano, enquanto a SELIC estava em 2% anuais, taxa tão baixa nunca houve na história. Hoje está girando acima de 8% ao ano. Ademais, neste ano há forte impacto do aumento generalizados preços, em razão de fenômenos relativos à recuperação econômica de 2021 e às elevações das commodities em 2022, principalmente causadas pela manipulação dos preços do petróleo pela OPEP e pelos efeitos causados pela guerra em vigor, entre Rússia e Ucrânia, que turbinaram os preços das matérias primas em geral, principalmente de alimentos e do petróleo que disparou o preço do barril.

A queda de 5,6% em maio, em comparação com maio do ano passado, também serve de comparativo de crescimento de 1,6%, em relação a abril deste ano. Para a ABRAMAT, citada baixa na demanda continuará ainda por alguns meses, porque se reflete na comparação com os meses do ano passado. Porém, em relação ao ano todo, acredita a ABRAMAT que o segmento em tela crescerá 1% neste ano, em relação a 2021.

As informações referidas levam a inserir que a indústria da construção civil terá uma taxa de crescimento próxima daquela projetada para o País como um todo, pela maioria das grandes instituições financeiras, tais como Itaú e Bradesco, que estão em torno de 1% neste ano. Ou seja, a economia nacional está ainda em baixo dinamismo.

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