RISCO DO PAÍS EM ALTA

 26-06-2022

As instituições financeiras internacionais criaram uma taxa de risco, que é acrescida à taxa de juros dos empréstimos tomados aos banqueiros mundiais. Ela também é o balizador do grau de investimento. Um país com taxa de risco abaixo de 150 pontos, no geral tem grau de investimento. Este mede o grau de confiança dos investidores internacionais em um país. O Brasil obteve este grau de 2008 e o perdeu em 2015, quando o País teve suas finanças públicas abaladas, vindo em recessão desde o segundo trimestre de 2014 e foi conduzido o processo para o impedimento da presidente da República, afastada em 2016.

O risco do País é medido pelo Credit Default Swap (CDS) em pontos, que dividido por 100 se encontra o adicional de taxa de juros. Desde o início do ano subiu 87 pontos, atingindo 290 pontos no total. Ou seja, o adicional da taxa de juros dos contratos seria de 2,9% ao ano.

 

A Tendência Consultoria tem feito o monitoramento dos CDS de países da América Latina. O CDS médio de Colômbia, Chile, Peru e México avançou 58 pontos. No total ficou em 168 pontos.

O CDS funciona como um seguro contra o calote. Ou seja, o não pagamento ou atraso nos pagamentos das prestações dos negócios. Quanto mais alto o CDS maior o risco do tomador de crédito.

O risco do País se elevou muito pelas incertezas dentro do Brasil, devido à alta taxa de inflação, a ameaça de interferência governamental nos preços da Petrobras até a aprovação da lei que limita o ICMS nos preços dos combustíveis e da energia elétrica.

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