REFORMA TRIBUTÁRIA
Ocioso tem sido repetir que o País precisa de uma reforma tributária, visto que a última foi realizada pela Constituição de 1967, outorgada pelo regime miliar. Na verdade, não se tem conseguido fazer uma reforma tributária no País, por que os 81 senadores e 513 deputados, componentes do Congresso Nacional, não formam maioria para aprova-la. Todos os governos enviaram reformas desde a redemocratização de 1985. Mas, não se forma consenso. Não se aprova nem uma mini reforma, como a atual do governo federal, em debates naquele egrégio, relativa ao imposto de renda.
Os tributos em geral devem incidir sobre o patrimônio, o
capital, a tenda e o consumo. As distorções
no País são imensas. A principal delas é de que 45% da tributação incide sobre
o consumo. As alíquotas são fixas e, portanto, para os diferentes níveis de
renda. Assim, o imposto sobre o consumo é regressivo. Em outras palavras,
atinge mais fortemente aqueles de baixa renda.
Referida distorção deveria ser corrigida. Pontualmente, há
algumas correções. Mas, no geral, a punição aos mais pobres é mais ampla. Por
exemplo, a tributação sobre o consumo, no Canada está em 23%; nos Estados
Unidos, em 17%; a média dos cerca de 40 países que compõe a Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 27%. A OCDE é o clube de países de
economias avançadas e tem corrigido as distorções em tela.
Inúmeros são os problemas da tributação no Brasil, o que
favorece a concentração de renda no País. Por exemplo, a correção da tabela do
imposto de renda há muitos anos que não é corrigida. Por outro lado, quem
recebe dividendos não paga o imposto de renda. No projeto em discussão no
Congresso, essas duas distorções são as que mais tem sido debatidas e não há
consenso para a sua aprovação até agora.
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