VIÉS DE BAIXA DO PIB
O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, esteve ontem no Congresso Nacional e se referiu ao viés de baixa da economia brasileira em 2022, quando o BC esteve projetando incremento do PIB de 2,1% no ano que vem, mas Campos Neto mudou o discurso e disse que será menor do que a taxa antes projetada. O que quer dizer isto? A economia está fraca. A inflação está alta. O dólar não desce e se mantém em patamar elevado, em torno de R$5,60. Os dados de 2021, em seu final, estão vindos piores do que os esperados. A taxa básica de juros está se elevando rapidamente para combater a inflação, segundo o BC. O risco fiscal, mediante a análise da hipótese da prorrogação das dívidas dos precatórios por dez anos. O desemprego aberto se encontra acima de 13%. O auxílio emergencial deixou de ser pago em novembro. O Programa Bolsa Família foi substituído pelo Programa Auxílio Brasil, mas os valores médios que beneficiam as famílias ainda continuam os mesmos, por volta de um pouco mais de R$200,00, enquanto a proposta do governo central seria de dobrar praticamente o valor, para cerca de R$400,00. Assim, “tudo junto e misturado” tornam confusas as expectativas e elas estão em direção abaixo do que há pouco tempo se esperava.
De início na mesma direção, depois na contramão, a bolsa de valores brasileira ensaiou ontem recuperação de 1,5%, muito embora no mesmo dia tenha atingido o menor patamar deste ano. Por seu turno, o Banco Morgan Stanley se tornou o mais novo otimista, dizendo que o índice da bolsa nacional voltaria aos 120 mil pontos ainda neste final de ano, ele, que neste ano recuou até a faixa de 102 mil pontos.
Enfim, as instituições financeiras consultadas semanalmente pelo Banco Central, para o Relatório de Mercado Focus, tem como mediana para o PIB de 2022, o incremento agora previsto de 0,7%.
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