SINALIZAÇÃO DA SELIC
Devido às elevações da SELIC nos últimos meses, que saiu de 2,00%, no ano passado e já está em 7,75%, sendo prometida mais uma elevação de 1,50%, na próxima reunião de dezembro, indo para 9,25% ao ano, já há bancos, prevendo para o começo do próximo exercício de 2022, taxa de dois dígitos. Ou seja, 12,00%. Isto tem abalado o mercado de lançamento de novas ações, que vem de um ciclo inédito de ingresso de novas empresas na bolsa de valores, visto que as taxas de juros chegaram aos níveis mínimos, antes nunca verificados. Os economistas sabem que em ambiente de juros muito altos, risco fiscal e falta de previsibilidade da agenda governamental representam desestímulos para o mercado de ações. Os investidores já estão preocupados há alguns meses. O governo federal não tem emplacado as reformas estruturais prometidas e agora quer lançar um programa social, chamado de Auxílio Brasil, que ameaça romper a lei do teto de gastos, a regra que limita o crescimento das despesas públicas.
O receio dos investidores se confirma já foram canceladas 70 ofertas iniciais de ações (IPOs em inglês) previstas para 2021, das quais R$7 bilhões somente na semana em que o governo central admitiu que iria propor a desobediência da lei do teto de gastos.
O banco BNP Paribas, Asa Investments e Opportunity elevou sua previsão para taxa básica de 12,00% relativa ao próximo ano. Já o Banco Mizuho já se referiu a 12,75%.
Se o risco fiscal persistir, os gestores de grandes bancos acreditam que a SELIC de dois dígitos eliminará o apetite de investidores que buscam retorno de curto prazo e também das pessoas físicas que vinham se educando e cada vez mais estavam sendo atraídas pelo mercado de ações.
A ironia que ora se observa nas operações xá bolsa brasileira é que as ações dela estão mais atraentes para os investidores estrangeiros, porque elas estão cada vez mais baratas em dólares, mas até gora eles não demonstrarem animação para investir por aqui.
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