AVERSÃO AO RISCO


Os fundos de investimentos ou fundos de pensão que têm dinheiro para aplicar nos mercados financeiros pelo mundo demonstraram no ano passado maior aversão ao risco no Brasil, justamente no momento em que a taxa básica de juros, a SELIC, saiu de 2%, há um ano, e poderá fechar em 9% no final deste ano, visto que a inflação se insinua na casa de 10% anuais, além do que, se a inflação continuar subindo, o Banco Central já fez na sua última ata a promessa de que não hesitará em elevar a taxa SELIC para dois dígitos em 2022. A participação do País nas carteiras de investidores estrangeiros chegou à mínima histórica, não só mediante aversão ao risco como com a expectativa de alta de juros dos títulos públicos americanos, os quais costumam atrair dinheiro dos países emergentes, além da preocupação com a crise fiscal brasileira, em face da tentativa de ultrapassar a lei do teto de gastos públicos.

Segundo dados do Banco BTG Pactual, o Brasil tem hoje uma participação de 5,1% nos fundos dedicados aos mercados emergentes. No seu pico a sua participação fora de 16,4% em 2011. Considerando os fundos que compram ações em todo o mundo, a participação brasileira é de 0,23%, a qual já fora de 11,94% em 2009. O País não está com a pior exposição histórica. Atualmente, em 60,36%, sendo menor nível desde 2019, mas acima do piso de 43,1%, que fora em 2015.

Em 2020 houve fuga de capitais de US$51,2 bilhões, que estavam em renda fixa e em ações. Porém, os dados do Banco Central demonstram ter havido recuperação nos investimentos estrangeiros, em 2021. Mas, muito pequena ainda, de US$1,8 bilhão, em decorrência da elevação da taxa SELIC. Entretanto, o cenário tende a melhorar.

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