ATRASO NA RETOMADA

A inflação brasileira neste ano não parou de subir. Há 33 semanas consecutivas as instituições financeiras que informam a mediana das expectativas inflacionárias tem sido ascendentes. Em março o Banco Central iniciou a elevação da taxa básica de juros, visando combater o processo inflacionário. Inflação e taxa de juros retardam a retomada da economia, mantendo o desemprego também elevadíssimo e deixando estável a taxa de investimentos privados.

Em razão de uma política monetária restritiva, as empresas estão preservando a posição de caixa e postergando os investimentos. Os projetos d expansão dos investimentos ficaram engavetados, ainda que a suspensão possa ser temporária. As instituições financeiras, consultadas semanalmente pelo Banco Central, estão prevendo um crescimento inferior a 1%, mediana de 0,7%, em 2022. Para este ano, a estimativa é de 4,8% de incremento do PIB.

O fato é que o custo do capital tem subido. A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica da USP revelou que em dezembro o custo de capital era de 7,7%. Agora em agosto subiu para 10,6%;

O Fundo Monetário Internacional (FMI) calcula a taxa de investimento entre os seus países membros. Em 2021 ela continuará baixa no Brasil, tal como vem sendo há décadas. A taxa de investimento no País está calculada em 15,4% do PIB, para este ano. Ela é a menor taxa entre 90% dos países membros do FMI. A média global da taxa de investimentos é de 26,7% e a média dos países emergentes, segundo o FMI, é de 33,2%, mais do que o dobro da taxa brasileira.

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