18/12/2019 - ORÇAMENTO DE 2020
Ontem foi aprovado pela Comissão Especial do Congresso
Nacional o orçamento do governo central para 2020. Trata-se do primeiro
orçamento impositivo da história brasileira. Nele estão incluídas as emendas
parlamentares e a lei do teto dos gastos públicos. Impositivo quer dizer que
deverão ser executados. Ou seja, não poderão ser prorrogados como soe
acontecer.
A lei orçamentária foi aprovada no Congresso Nacional, indo à
sanção presidencial. O salário mínimo será conhecido por decreto presidencial
no último dia do ano. Entretanto, existiu a previsão aprovada dele, para 2020,
que passaria a R$1.031,00, incluindo a correção pela inflação, com base na
previsão do INPC. Ou seja, para manter o mesmo nível de antes, considerada a
alta do custo de vida. No ano passado, o Congresso aprovou a previsão do
salário mínimo para R$1.006,00, em 2019. No entanto, o presidente Michel Temer
estipulou R$998,00.
A equipe econômica iniciou o ano prometendo zerar o déficit
primário. Contudo, não está acontecendo isto, tendo a citada equipe estimado o
referido déficit em cerca de R$80 bilhões. Por seu turno, o Congresso aprovou
para 2020 um déficit primário de R$124,1 bilhões. Ou seja, 11% inferior ao
aprovado no ano passado, que fixou o teto de R$139 bilhões. Isto quer dizer que
o governo continua com saldo final de orçamento no vermelho, demonstrando
dificuldades na realização da política fiscal.
O relatório aprovado também confirmou que o governo federal
não poderá gastar mais do que R$1,454 trilhão, incluindo as despesas
obrigatórias, como salários dos servidores e benefícios previdenciários. Não
entram nesse limite os custos financeiros, como gastos com juros, estimados em
R$409,6 bilhões. A proposta prevê gastos de R$323,1 bilhões, com despesas de
pessoal.
A citada peça orçamentária foi elaborada, contando com um
crescimento do PIB de 2,32% em 2020. Já a previsão da inflação oficial foi
estimada em 3,53%.
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