17/12/2019 - NÍVEL DE CONFIANÇA DO CDS VOLTA AO DE 2010
O que se quer dizer com que o nível do CDS (Credit Default
Swap) voltou ao de 2010? Primeiro, veja-se o que é CDS. É o título de crédito
negociado diariamente no mercado financeiro internacional, medindo o risco do
País, para os investidores estrangeiros. Podem ser negociados em cinco anos e
representa um número que, dividido por 100, é a taxa de risco em referência.
Ontem, o CDS chegou ao nível de nove anos passados: aos 98 pontos. Ou seja,
abaixo de 1%, isto é, 0,98%, que deveriam ser acrescentados aos contratos dos
banqueiros aos países tomadores de empréstimos. Segundo, em 2010, o Brasil
tinha o selo de bom pagador, concedido pelas três líderes agências de risco de
crédito mundial, S & P, Moody’s e Fitch. Naquele ano, a taxa de crescimento
do PIB foi de 7,5%, em formidável crescimento, somente comparável aos dos anos
de 1970, quando a média lhe foi superior. Os analistas econômicos da época eram
tão otimistas com a gestão de Lula, que o aplaudiam ter terminado o governo com
índice de 83% de popularidade, conforme pesquisas da época. O que ira acontecer
nos demais anos será uma decaída até à forte recessão de meados da década e
depois uma lenta saída e também lenta recuperação até hoje.
O CDS de 98 pontos é o mais baixo desde novembro de 2010,
quando se conhecia o bom desempenho econômico daquele exercício. O CDS funciona
como um termômetro informal de confiança dos investidores, principalmente com
respeito aos países emergentes. Se o indicador subisse indicava desconfiança.
Mas, como desceu em um único dia 3%, caso de ontem, é porque se apresentam
melhores números para economia
brasileira e se encara o futuro como nova onda de crescimento econômico.
O fechamento da primeira parte do acordo comercial entre
Estados Unidos e China, de que os americanos irão rever as taxas sobre as
importações chinesas, vis-a-vis os chineses importarem mais produtos agrícolas
americanos. Trouxe otimismo ao comércio mundial. É bem provável que melhore o
otimismo de crescimento global, por volta da média de 3% anuais, conforme o FMI.
No Brasil, depois da reforma da Previdência ser aprovada, do Banco Central
baixar a taxa básica de juros para 4,5% ao ano e da agência internacional S
& P ver o futuro nacional como de crescimento e melhorando sua avaliação do
País, de estável para positiva. Ademais, o nível de desemprego caiu, embora
lentamente, durante quase todos os meses do ano, havendo quem preveja que esse
número seja encerrado em 2019, em cerca de 1 milhão de empregos formais, a
despeito de que tenha crescido muito mais a taxa de informalidade.
Comentários
Postar um comentário