13/12/2019 - MÁQUINA ESTATAL CARA E PESADA
Havia em 1998 por volta de 5,2 milhões de servidores
federais, estaduais e municipais, cujas despesas anuais, em 2010, alcançaram
R$805 bilhões. Em 2018, mais do que dobrou, indo para 11,5 milhões, custando
R$944 bilhões. No início de novembro o governo federal enviou ao Senado a
Projeto de Emenda Constitucional (PEC) Emergencial, que prevê cortar até 25% da
jornada de trabalho e dos salários dos servidores em Estados com despesas
correntes acima de 95% das receitas. Assim, 13 unidades federativas estavam nessa
situação. Também haveria a suspensão dos reajustes salariais automáticos em
Estados com dívidas além do permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Citada lei do ano 2.000 já previa cortes temporários de salários e jornadas.
Mais outra PEC remetida ao Senado é a do Pacto Federativo, que pretende mudar
as regras de distribuição de recursos pelos fundos de participação da União,
Estados e municípios. Municípios de até 5.000 habitantes, cuja arrecadação
própria seja menor do que 10% da receita total serão incorporados à cidade
vizinha. Existiam 1.217 cidades nessa condição, segundo a Confederação Nacional
dos Municípios. Entretanto, as mudanças na reforma administrativa atingem
apenas as novas contratações. O Ministro da Economia, Paulo Guedes, crê que as
contratações serão poucas, já que pretende manter os concursos públicos
suspensos.
A gestão do País tem em vista que até 2022 cerca de 26% dos
servidores irão se aposentar. No INSS 34% dos 20.000 funcionários pretendiam se
aposentar até o final de 2019. Naturalmente, o contingente em referência irá
diminuir.
Em suma, os servidores públicos no Brasil custam 13,4% do PIB,
contingente de 11,5 milhões. Nos Estados Unidos existem 22 milhões de pessoas
empregadas no setor público, custando 9,2% do PIB.
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