VÉSPERA DA REUNIÃO DO COPOM
Nos dias 3 deste mês e 1º de novembro, reúne-se o Comitê de
Política Econômica (COPOM), quando será anunciada a nova taxa básica de juros, a
SELIC, cujo anúncio de corte de 0,5%, já foi anunciado desde a reunião de 1º de
agosto, quando se iniciou o ciclo de baixa da SELIC, de 0,5%. Outra redução
ocorreu em setembro de 0,5%.
Hoje, que é véspera do COPOM, o mercado financeiro mudou a expectativa
de última SELIC anunciada do referido ciclo de flexibilização, de 9,00% para
9,25%, em dezembro de 2024. Isto altera muito as esperanças de muitos agentes
econômicos da atividade produtiva de que a SELIC iria se reduzir. E, mais, o
Banco of America, em razão da pesquisa semanal do boletim Focus, divulgada hoje
com o acima exposto, evidenciou que não há no horizonte próximo elevação dos
cortes da SELIC, permanecendo em 0,5% a cada próxima reunião do COPOM.
As razões da incredulidade do mercado financeiro se deveram
ao fato de que houve piora no cenário internacional e dúvidas sobre a provável política
fiscal do governo. O próprio presidente da República disse que admite que haja
déficit primário também em 2024, não obstante seu Ministro da Fazenda, Fernando
Haddad reiterar que irá cumprir a determinação de déficit primário zero.
Ora, o Ministro da Fazenda sabe que é importante zerar o
buraco das contas públicas e voltar a ter superávit fiscal daqui a, pelo menos,
dois anos. Sem superávit primário o governo federal não paga os juros da dívida
pública e rola juros e principal.
Enfim, o quadro de instabilidade fiscal prejudica os
investimentos externos e domésticos. Por isso mesmo, o mercado financeiro projetou
drástica redução do crescimento econômico, dos atuais 3%, para próximo de 1%,
em 2024.
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