PREVISÕES SEMANAIS DO BOLETIM FOCUS


As previsões semanais contidas no boletim Focus do Banco Central (BC), pela décima semana seguida se mantiveram na taxa básica de juros, a SELIC, encerrando este ano em 11,75%. Como ela está em 12,75%, as cem instituições financeiras entrevistadas pelo BC acreditam em uma redução de 0,5% em novembro e outra de 0,5% em dezembro deste ano. Para o ano que vem acreditam ainda que o exercício se encerre com uma taxa de 9% anuais. As taxas da SELIC estão maiores do que o dobro da taxa inflacionária. Isto encarecem os custos de produção e pode deixar as empresas mais endividadas do que há mais de dois anos, quando a taxa SELIC bateu o recorde de baixa, fechando a 2% anuais. A inflação do período 2021 a 2022 se elevou muito e os bancos centrais pelo mundo, em linha com o combate inflacionário as elevaram bastante, há como não se via há mais de duas décadas. O BC e demais bancos pelo globo terrestre continuam com taxas de juros muito altas, para combater a inflação. Em outras palavras, a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. As expectativas para a SELIC em 2025 e 2026 continuaram em 8,5% ao ano, respectivamente.

As demais previsões das medianas semanais praticamente não se alteraram. Entretanto o conflito entre Israel e povos árabes tem levado a economia mundial a um grau de incerteza muito grande, receando-se que o conflito se torne regional, além do envolvimento dos Estados Unidos na citada guerra. Ademais, a OPEP poderá dar um choque de oferta e os preços do barril de petróleo subirem muito, o que poderá recrudesce o processo inflacionário. Previsões mais pessimistas são de que o barril de petróleo alcançará os US$300.00. De que o Irã possa fechar o estreito de Ormuz, dificultando as transações globais. Por seu turno, a Europa continua a enfrentar uma crise energética severa devido à falta de gás liquefeito de petróleo.

Em razão do cenário conjuntural, os aumentos dos preços da energia reacendem a inflação e forçará uma reação dos bancos centrais. No pior cenário, os mercados financeiros e o setor bancário global entrariam em colapso. 

  

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