PESQUISA ESTRUTURAL DAS EMPRESAS EM 2021

 

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o responsável pelo sistema de contabilidade nacional. Assim, ele realiza pesquisas estruturais e, portanto, são pesquisas longas, visto que envolvem a compilação de um grande número de dados, principalmente acerca dos setores agropecuário, industrial, do comércio e de serviços. Dessa maneira, os resultados consolidados demoram para ser publicados, a exemplo da pesquisa estrutural de empresas privadas de 2021, que somente foi divulgada ontem.

O País registrou o recorde de 5,196 de entidades empresariais formais em 2021. Em dois anos de pandemia, quando muitas empresas fecharam as portas e outras colocaram os trabalhadores em trabalho remoto e em teletrabalho. Mesmo assim, houve a abertura líquida de mais de 512 mil empresas. Em 2021, ocorreu o terceiro ano positivo no saldo de criação de empresas. 

Tratou-se do terceiro ano seguido de saldo positivo de criação de entidades empresariais formais, depois de cinco anos consecutivos de extermínios de empresas privadas.

Conforme o IBGE, as razões estão em um conjunto de fatores, dentre eles se destacam os incentivos empresariais e manutenção de empregos durante a crise sanitária.

Na pesquisa em referência, o IBGE constatou um fato novo e interessante: o empreendedorismo por necessidade. Vale dizer, trabalhadores que perderam seus empregos e que abriram as de microempreendedores individuais.

Segundo o IBGE, o retrato conclusivo foi de que existe sempre uma fuga e que ela está no espírito animal, do qual se referia John Maynard Keynes, ou, aquela do seu contemporâneo, o economista, e não menos famoso, Joseph Alois Schumpeter, de grande parte da teoria de desenvolvimento econômico baseada na “destruição criadora”.

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