QUINTO RECUO DO DÓLAR

23-03-2022

Ontem o dólar comercial recuou pelo quinto dia consecutivo. Caiu abaixo dos R$5,00, fechando próximo de R$4,90. É o menor patamar em nove meses. Os fluxos de moedas estrangeiras para o País se devem às oportunidades dos juros elevados, estando a SELIC em 11,75% ao ano, bem como a elevação dos preços das commodities, beneficiando as ações das empresas exportadoras e dos bancos nacionais.

Mesmo com essa elevada taxa SELIC, o governo federal reduziu a sua previsão de déficit primário deste ano, para 69% do PIB, de R$76,16 bilhões para R$66,90 bilhões, conforme consta do relatório bimestral das contas públicas, do Ministério da Economia, relativo ao bimestre de janeiro/fevereiro.

Até agora no ano o real está valorizando-se 11,80%, sendo o maior ganho numa cesta de trinta moedas mundiais. O Banco of America acredita que a taxa básica de juros poderá fechar o ano em 13,25%. A essa taxa altíssima, acredita-se que ainda ingressarão muitos dólares na economia brasileira, para se aproveitarem do grande diferencial da taxa de juros. Por exemplo, nos Estados Unidos a taxa referida está entre 0,25%a 0,50% anuais.

Por seu turno, a bolsa de valores tem sido objeto de elevações expressivas. Atingiu o maior nível em sete meses. Neste ano acumula alta de 11,8%. Acredita-se também no mercado financeiro que as ações brasileiras estão baratas. Porém, muito do dinheiro que tem vindo para cá, deve-se à fuga da Rússia, que está em guerra da Ucrânia.

Enfim, o ciclo de alta da SELIC está sendo antevisto para terminar neste ano, na medida em que a inflação poderá ceder.

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