INFLAÇÃO DE MARÇO

09-04-2022

Em 28 anos, a inflação de março é a maior para o referido mês. Antes mesmo do Plano Real, que estabilizou a economia nacional. O IBGE divulgou o indicador de 1,62% de março para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial da inflação. Com o ingresso de novas elevações de preços, principalmente em decorrência da guerra entre Rússia e Coréia, que desatou uma série de elevações de preços das commodities.

Em doze meses, até março deste ano, a inflação chegou a 11,30%, sendo o maior indicador desde outubro de 2003, que fora 13,98%. Aquele era o primeiro ano do governo Lula, que resolveu combater a inflação também com a elevação da taxa SELIC. Conseguiu reduzi-la, pelo o que acreditam os atuais gestores também a conseguirão, mediante elevação da taxa SELIC. As projeções atuais são de que a SELIC feche o ano próxima de 14% e a inflação na sua metade. É uma quebra de braço, pela qual os investidores se sentem mais atraídos pelo  mercado financeiro, em detrimento do mercado produtivo. Com isso, o crescimento econômico será baixo ou quase nulo, segundo a maioria dos analistas econômicos.

Quando em inesperada alta, o IBGE costuma divulgar o índice de difusão. Este se trata de demonstrar a maior alta da cesta dos produtos mais inflados. Este ficou 70% do cesta global de preços, pelo quarto mês consecutivo, segundo o IBGE. Trata-se de exame de preços de 377 componentes do IPCA. Em fevereiro ele foi o mais intenso, atingindo 77,21%. Agora, em março ficou em 76,13%. A inflação persiste em se manter elevada.

O IPCA é uma cesta de centenas de produtos acompanhados pelo IBGE e demonstrou que os alimentos e os combustíveis impulsionaram a inflação. A cenoura foi aquela que mais subiu em março: 166%. Os sete produtos seguintes são todos da área de alimentos. O tomate subiu 94,55%; o pimentão, 80,44%; melão, 68,95%; melancia, 66,42%; repolho, 64,79%; café moído, 64,66%; mamão, 54,95%.

Na cesta dos combustíveis: o óleo diesel subiu 46,47% e o gás veicular 45,54%.

Controlar a inflação é o  desafio lançado. Mesmo sem legalmente ser permitida a campanha eleitoral, o pré-candidato Lula, declarou que irá controlar preços. Algo que só deu errado no século XX, de tristes recordações.

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