APERTO MONETÁRIO

20-04-2022

A escalada da inflação mundial atingiu fortemente a economia dos Estados Unidos, indo à taxa de 8,5% anuaí, fato que não ocorria há quarenta anos, fazendo com que o Banco Central de lá (o FED), elevasse os juros dos seus títulos públicos (dos chamados treasuries), de 0,25% para 0,50%. O movimento significa aperto de liquidez, na medida em que há avanços nas compras dos treasuries.  No entanto, os bancos centrais americanos estão crendo que a elevação está insuficiente, referindo-se a uma nova elevação dos juros básicos em 100%. Isto é, de 0,50% para 1,00%. Há presidente, como o do FED de Chicago, que acredita que os juros básicos fecharão o ano entre 2,25% a 2,50% anuais.

Para a realidade de um país que é líder da economia global, os juros reais continuam negativos. Vale dizer, há enorme diferença entre os juros nominais (8,50%) para os juros reais praticados (0,50%) e também para aqueles ditos pelo presidente do FED de Chicago. Na verdade, a economia de um país desenvolvido, também, tal como Japão e aqueles da comunidade européia sempre trabalharam com juros reais negativos, mediante objetivo de promover o desenvolvimento da esfera produtiva.

Na medida em que os dólares são retirados da economia, mediante venda de títulos públicos, são dadas as condições de aperto monetário. Portanto, os aumentos dos juros reduzem as taxas de crescimento e poderão até levar determinadas economias do globo à recessão.

O Brasil não é afetado tanto atualmente porque seus juros básicos (a SELIC) se encontra em meteórica ascensão, bem acima de 10% anuais, que baliza a inflação brasileira. Vale dizer, a SELIC em 11,25% tem atraído bastante dólares, fazendo o preço do dólar comercial recuar para abaixo de R$5,00. No entanto, encontra-se na faixa de resistência de R$4,67 por dólar comercial. Ademais, as exportações brasileiras estão bem acima das importações, fazendo que os saldos comerciais externos continuem positivos, ampliando o ingresso de dólares por tal via.

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